1 Coríntios 3:6
“Eu plantei; Apolo regou; mas foi Deus quem deu o crescimento.”
Ainda neste domingo verifiquei uma postagem de rede social que me chamou atenção, dizendo que o preço alto de certo gênero alimentício obtido a partir da agricultura estava muito caro, dada uma possível ação ou inércia, não estava especificado o que era, do presidente da república.
Não obstante ao fato que questões políticas sejam importantes, muitos ligam política à corrupção e a tentem desvencilhar da religião, mas, do que se trataria a temática do que Paulo, o Apóstolo, queria discutir neste momento quando se referiu a ele mesmo, Apolo e Deus?
O texto de 3.6 está inserido em um texto maior, que trata de divisões na igreja local, situada em Corinto, cidade localizada na porção continental sul da Grécia. O capítulo 3 tem 23 versículos e trata exclusivamente desta questão. É importante frisar que a situação era daquela igreja posto que nem todas as igrejas locais da época demonstravam ter os mesmos problemas, muito embora eles pudessem se repetir em igrejas locais diferentes. Os gregos gentios vinham ou do agnosticismo ou da religião grega politeísta, que, em ambos os casos gerava grande competição e busca por glória:
- Se por um lado, agnósticos não fossem ligados a religião, em sua maioria eram adeptos ou discípulos de pensadores e filósofos em escolas diferentes;
- Sendo politeístas, cada um tinha um deus diferente, buscando os ‘louros’ para si e para seu próprio deus.
Este ambiente competitivo, de fato, poderia gerar o sentimento de divisão e de afiliação política discutido neste capítulo 3 de 1 Coríntios. Veja o relato de Paulo e, 3.2-4:
“O que vos dei para beber foi leite e não alimento sólido, pois não podíeis recebê-lo, nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Visto que campeia entre vós todo tipo de inveja e discórdias, por acaso não estais sendo carnais, vivendo de acordo com os padrões exclusivamente mundanos? Pois, quando alguém alega: “Eu sou de Paulo”, e outro “Eu sou de Apolo”, não estais agindo absolutamente segundo os padrões dos homens?”
O apóstolo detectara a carnalidade do pensamento dos coríntios em seguir com sua maneira antiga de se filiar a partidos filosóficos ou religiosos panteístas, não conseguindo, ainda, se desarraigar deste velho rudimento, da prática do velho homem de dividir ao invés de somar, de partidarizar ao invés de buscar comunhão, de agir somente conforme suas forças ao invés de cooperar.
Antes de prosseguir, não quero de maneira nenhuma dizer que a competição é um problema em si, ou pecado. Temos que saber separar as coisas e saber dosá-las no tempo certo e de acordo com a boa temperança (Jó 6:6, Cl 4:6).
Retornando, temos que ter por certo que, quando a Igreja de Jerusalém é citada em Atos dos Apóstolos 2:42-27, esta representa um modelo a ser seguido, de funcionamento interno e de resposta externa:
- Seu modelo interno previa a comunhão entre os participantes, declarado por Lucas na afirmação “tinham tudo em comum”. Mas que tudo era esse? Vejamos (At 2:42-47):
1. Perseveravam (v.42):
a) Na doutrina apostólica;
b) Na comunhão;
c) No partir do pão;
d) Nas orações.
2. Havia temor (v43);
3. Todos que criam:
a) Estavam juntos;
b) Tinham tudo em comum.
4. Havia cuidado das necessidades físicas. O repartir não era só de ideias;
5. Permaneciam:
a) NO TEMPLO;
b) Eram simples;
c) Eram alegres.
6. O louvor a Deus era integral, não só no horário do culto.
Resultados obtidos:
1. “e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.” (v.43), ou seja, a ação do Espírito Santo, com dons e poder era rica;
2. A brasa não apagava, havia ânimo de uns para com os outros (v.44);
3. Ninguém tinha fome ou necessidade física. A usura e o egoísmo não se nominavam entre eles (v45);
4. “E, perseverando unânimes todos os dias” (v.46). A discórdia não era vista, pois a igreja buscava consenso. Aqui precisamos entender que a doutrina esta posta nas sagradas escrituras para ser ensinada, entendida e aplicada. Os doutores e mestres de doutrina precisam entender que o responsável pela doutrina é o Espirito Santo e não o intelecto humano.
5. “e caindo na graça de todo o povo.” (v.47). Testemunho da igreja fazia com que a igreja fosse bem vista pelos de fora.
6. “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (v.47). O testemunho da igreja era aprovado por Deus.
Conclusão:
Considerando a igreja primitiva de At 2 e comparando-a com a igreja de Corinto de 1 Co 3, fica fácil de entender que:
- O trabalho precisa ser feito pela igreja (Eu [Paulo] plantei, Apolo regou);
- Deus precisa aprovar este trabalho (Deus deu o crescimento);
- O fundamento (a semente) da igreja não é o trabalho de um ou de outro, mas é Jesus Cristo;
- A igreja não almeja riquezas ou reconhecimento na Terra, mas galardão no céu.
Até breve! Que Deus te abençoe em Cristo Jesus!
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