“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”
2 Tm 2.15 JFAC
A paz de Cristo!
Amanheci com duas palavras em minha mente hoje: aprender e obedecer!
Jesus, quando esteve encarnado, na Terra, antes de sua morte e ressurreição, naquele que o apóstolo Paulo declarou que era a Plenitude dos Tempos (Gl 4.4), deu o tom a ser seguido àqueles que o seguiam, seus discípulos, quando disse que estes deveriam aprender “de mim [dEle, grifo meu], que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.” (Mt 11.29).
Mas como aprenderemos de Jesus hoje, na sua ausência física? Haveria meios de aprender com Jesus no presente?
Estas perguntas lhes podem parecer bobas, já que Jesus é Deus, o Deus Filho da Trindade, mas, na prática, muitos tem relegado o aprendizado de Cristo, diretamente de sua pessoa ou indiretamente, a segundo, terceiro, quarto planos, ou apenas ignorando seus ensinos como um todo e eu não estou falando de não crentes.
Primeiramente, lembremos, estamos na era da opinião e esta muitas vezes empurra inclusive os crentes que caíram em seu laço, a gastar tempo precioso do ouvir para falar, ignorando o que foi dito em Tg 1.19, Ec 5.1 e Pv 10.19. Assim como há tempo para todas as coisas (Ec 3.1-8), refrear a língua é sinal de sucesso do cristão (Tg 1.26).
Os discípulos estiveram, enquanto Jesus permaneceu em Seu ministério terreno, pelo menos três anos e meio de um curso de teologia completo, com o professor dos professores e, mesmo assim, no período compreendido entre sua morte e ressurreição, os discípulos do Mestre ficaram em situação desconfortável perante a fé, para dizer o mínimo. Contudo, em seu retorno à presença deles, na ressurreição, Jesus sopra sobre eles a presença do Espírito Santo a fim de que a cura se manifestasse no meio deles, doentes de dúvida, de tristeza, de medo, de fé vacilante, o que após este evento e até a descida do Espírito Santo para revestir-lhes de poder e dali para frente, não mais se veria nos apóstolos e nos mártires da fé.
Também é preciso compreender que a fé cristã não é um orfanato, onde às vezes crianças estão abandonadas à própria sorte, sendo cuidadas de qualquer maneira, a depender do servidor que lá se encontra. Jesus disse que:
“Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mt 18.20)
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,” (Jo 14.16)
Mas o que estes dois versículos tem haver com o tema proposto nesta mensagem?
Precisamos ter em mente que Jesus, a Palavra (logos, no grego) ao declarar que não nos deixaria órfãos (Jo 14.18), que tudo que ligássemos na terra seria ligado nos céus (Mt 18.18), e que o Espírito Santo ensinaria todas as coisas (Jo 14.26) segue em sua saga em benefício da salvação da humanidade através do ensino, dizendo o caminho para a vida (Jo 14.6), com a lâmpada e a luz necessárias (Sl 119.105), sob a batuta de quem a inspirou (2 Tm 3.16) e a interpreta (2 Pe 1.20-21).
Neste ponto da mensagem adentramos a seguinte discussão: quando e como, então, devemos buscar conhecer as Sagradas Escrituras?
O quando é agora! Jamais devemos sequer pensar em deixar para depois algo que é vital para nós. O alerta de Deus em Sua palavra (Mt 6.33, 2 Tm 4.2) é muito simples:
“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.”
“que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.”
Mas e o como?
Discussões no presente dão conta de que basta a unção, infelizmente dando a falsa sinonímia de unção para o desprezo ao aprendizado e a aplicação da Palavra de Deus como ela é: manual ou regra de fé e conduta.
Jesus tornou claro que o aprendizado é de extrema necessidade, assim não o fora não teria ficado três anos e meio com os discípulos antes de os tornar apóstolos, assim como não teria declarado que a missão do Espírito Santo seria os lembrar o já tinha Ele dito (Jo 14.26).
Quando tratamos do tema unção, o ungir também está ligado a Palavra quando compreendemos que o avivamento espiritual genuíno é por ela, como vemos:
No episódio de Hilquias (2 Rs 22.8-20);
Da leitura da Lei perante o povo que retornara do exílio (Ne 8.1-18);
Ou mesmo no fato de que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17).
Conclusão
Não se faça negligente como aqueles que não querem ouvir (Hb 5.11)!
Não se furte em buscar conhecimento de Deus, em todo tempo!
Não deixe de se preparar para a obra de Deus!
Obreiro aprovado busca alimento sólido:
“Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.” (Hb 5.14)
Pense nisso!
Até breve! Que Deus te abençoe em Cristo Jesus!
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