"Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança."
Gl 5.22
A Paz de Cristo!
Neste texto, terceira parte da sequência Fruto do Espírito, vamos tratar da Alegria em Cristo. Boa Leitura!
O Salmo 16, em seu versículo 11 nos diz:
“Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há abundância de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente.”
A afirmação do salmista, neste caso o Rei Davi, diz muito sobre a relação entre o homem e Deus e o que esta relação gera na vida deste homem: abundância de alegrias e delícias perpétuas à tua mão direita. Isto nos dá a entender, diretamente, que o homem que se encontra na presença de Deus é feliz, é alguém que já é beneficiado somente por estar diante de Deus, favorecido, independente de receber de Deus quaisquer outras coisas, mas obviamente receberá, pois, estando na presença de Deus certamente o tem alegrado e, como afirmam as Sagradas Escrituras, “(...) a alegria do Senhor é a vossa força.” (Neemias 8:10 – parte final).
O outro contexto do verso 11 do Salmo 16 já está se tratando do meio para se achegar a Deus e do fim daqueles que o fazem. Trata-se de uma promessa! Aqueles que se aproximam da mão direita, da destra de Deus, estes acessarão perpetuamente estas delícias. Veja que nos versos anteriores, 09 e 10 deste mesmo salmo, está dito que:
“Portanto, está alegre o meu coração e se regozija a minha glória; também a minha carne repousará segura. Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.”
Isto nos lembra de nossa tripartição corpo, alma e espírito, e nos assevera que todos eles, no Senhor, estarão resguardados do último estado, diferente daqueles que não encontrarem o seu Salvador, lembrando que as expressões à tua mão direita, ou destra de Deus referem-se a Jesus Cristo e sua posição honrada diante do Deus Pai (At 2.33, Cl 3.1, Hb 10.12, Ap 1.17 e mais 11 ocorrências, dentre outros e paralelismos dos Antigo e Novo Testamentos).
Dividindo o Fruto em Partes: Parte II – Gozo ou Alegria:
A aplicação da palavra gozo, ligada ao Espírito Santo não é controversa! Gozar aqui é ter acesso, participar, estar presente e compartilhar da presença de Deus e das alegrias que esta presença traz. Lembrando de Adão para entender isto com mais clareza, antes do pecado que os fez expulsar do Éden, Adão e Eva podiam ter o prazer, gozar, portanto, da presença de Deus e das suas conversas e passeio na “viração do dia” (Gn 3.8), livres de quaisquer imputações de pecado e vivendo sem quaisquer pesos, acessando o melhor que o Éden podia lhes fornecer, as delícias que sem pecado lhes seriam perpétuas, mas, que por ocasião de suas desobediências, perderam.
Gozo ou Alegria
Não há uma escolha aqui, a fazer! Ambos, gozo e alegria são interligados (Sl 16.11) e alcançáveis por aquele que veio ao mundo para sanar a chaga do pecado, nos concedendo livre acesso ao Pai e restaurando, em etapas determináveis, aquela relação a qual Deus tinha com Adão e Eva e planejou para ter com todos nós!
Ao entendermos que o pecado faz separação entre nós e nosso Deus (Is 59.2) e que esta separação é o motivo para que o nosso gozo e alegria não sejam à semelhança do que Deus criou para nós, vem Cristo, na plenitude dos tempos (Gl 4.4) e cumpre a sentença definitiva da separação causada pelo pecado, a morte, restabelecendo a vida com Deus (Rm 6.23), a todo aquele que nEle crê (Jo 3.16), sendo Jesus a ponte, o único caminho que restaura nossa comunhão com Deus (Jo 14.6).
Mas e o Espírito Santo?
Você deve se lembrar, na Mensagem 37 (caso não lembre é só relê-la), está dito que:
“A respeito do Espírito Santo, disse Jesus, que não nos deixaria só, nos daria outro Consolador (Jo14.16) e que este nos ensinaria todas as coisas (Jo 14.26). Como disse na Mensagem 36, cada ser humano possui traços destas características, obviamente advindas da criação de Deus, da Trindade de Deus, o que inclui o Espírito Santo, no Éden, que nos fez Sua Imagem e Conforme a Sua Semelhança (Gn 1.26-27).”
Ora, da mesma maneira que as demais características, sabemos o que é gozo e alegria porque a trindade de Deus lhas comunicou na criação e, portanto fazem parte de nossa natureza, ainda que de forma fragmentar. Isto explica porque todos, de alguma forma nos alegramos ou gozamos ou sabemos o que é gozar de coisas prazerosas, mas lhes afirmo, nem gozo e nem alegria podem ou são plenas sem a presença de Deus, sem sermos abrigo do Espírito Santo. Por que:
1) Apenas pela natureza humana, sem Deus, vivemos momentos de alegria entremeados por momentos de tristeza, em um mundo que confunde gozo e alegria com libertinagem e destruição do corpo, assemelhando-nos aos gnósticos dos tempos bíblicos, que almejavam ter seus espíritos liberados de seus corpos para viver, enfim, a vida espiritual. O problema é que vida libertina desqualifica-nos em santidade e vida agressiva ao corpo assemelha-se a suicídio, ambos apontando para uma vida terrena separada de Deus e que, como quem planta vento e colhe tempestade, o destino final na vida espiritual deste não será em Deus!
2) A reconstrução de uma vida verdadeiramente alegre, com a promessa de gozo perpétuo depende do convencimento do homem de que o que ele está vivendo sem Deus não é gozo e alegria, mas um fragmento desses deturpado pelo mundo, que associa alegria e gozo ao pecado e a coisas efêmeras, não duradouras, como por exemplo: formar uma família ou se relacionar com pessoas apenas por critérios humanos ligados a sexo e convivência, sem associar este relacionamento à vontade de Deus, adquirir bens como um celular novo, um carro, casa, comida e bebida. Este convencimento não é fácil, não se trata de convencimento puramente intelectual, mas de um convencimento que reúne as sedes mentais e espirituais para a escolha mais importante da vida, aceitar a Jesus como único e suficiente salvador, por isso Deus não o legou a nós, cristãos que já foram convencidos e convertidos, mas ao Espirito Santo, que convence aos homens do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11), através da pregação da palavra, mas isto é assunto para outra característica do Espírito do qual falaremos em breve, a fé!
3) A vida perpétua em delícias, o estado final daquele que crê, se tornando em vida morada do Espírito (1 Co 6.19), que não verá, no céu, mas qualquer sofrimento (Ap 7.17, 21.4), mas estará eternamente na presença de Deus, sendo este seu eterno sol, vivendo num local que não precisará dormir porque não cansará, fazer dieta, tomar medicamentos ou sentir saudades de alguém, cair e se machucar ou quebrar um osso, ver entes falecerem por doenças terríveis como o câncer ou tantas outras moléstias ou ainda ataques de animais selvagens... Sim, isto é promessa ao que crê em Cristo!
É só no Céu?
Não! Repare que o texto de 1 Coríntios 6.9 afirma que aquele que crê é (tempo presente), morada do Espírito! Neste contexto podemos declarar que já agora participamos do Reino de Deus e ainda que de forma limitada, nossa comunhão está restaurada com Deus e aprendendo a Sua Vontade, podemos dia a dia e cada vez mais, em a pondo em prática, vivenciar o melhor de Deus dentro dos limites aqui possíveis. Não me entenda mal: não estou dizendo que Deus é limitado! Mas mesmo participante de Seu Reino aqui na Terra, é obvio que o ápice de maravilhas e delícias advindas de Sua presença em nós e nós na dEle só serão devidamente conhecidas e vivenciadas no céu. É disso que se trata a bendita esperança! Paulo afirma que da mesma maneira que somos conhecidos, conheceremos (1 Co 13.12) e a Moisés foi dito que aquilo que está oculto pertence a Deus (Dt 29.29).
Sendo mais claro e concluindo: o homem precisa de Deus para ser de fato alegre, para de fato gozar o melhor e o alcançar desta alegria e gozo passa por estar salvo pela sua Destra, Jesus!
As próximas mensagens tratarão das demais partes deste fruto.
Até breve! Que Deus te abençoe em Cristo Jesus!
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Deus abençoe a todos!
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