"Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança."
Gl 5.22
A Paz de Cristo!
Neste texto, nona parte da sequência Fruto do Espírito, vamos tratar da Mansidão em Cristo. Boa Leitura!
O que é Mansidão?
Por certo que mansidão não está ligada a falta de ira ou de sanguinidade. Sobre a sanguinidade, aliás, residem os temperamentos humanos conhecidos como: sanguíneo, colérico, melancólico e fleumático que pretendo discutir no ultimo texto desta sequencia do Fruto do Espírito. Tem muito mais haver com o controle dessa sanguinidade e com a forma com a qual reagimos a estímulos externos.
Lembro-me de quatro textos bíblicos são emblemáticos quanto a mansidão:
“Perturbai-vos e não pequeis; falai com o vosso coração sobre a vossa cama e calai-vos.” Sl 4.4
“Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.” Ef 4.26
“Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses.” Lc 6.29
“e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.” Mt 5.41
O que todos estes textos têm em comum? O controle reativo pessoal, levando-se em conta a sanguinidade, o reconhecimento da carne (fraquezas pessoais), o controle do espírito, e o tema principal de nosso texto, a ação do Espírito Santo. A tudo isto, chamamos domínio próprio!
Dividindo o Fruto em Partes: Parte VIII – Mansidão:
Usando uma expressão hodierna, Jesus foi o cara, noutras coisas e nesta, do domínio próprio. Tendo sofrido toda injúria e agressão possível e impossível, permaneceu com os chifres presos nos arbustos. Estranharam a expressão? Estou me referindo ao carneiro preso pelas pontas no mato, sacrifício substituto provido pelo próprio Deus no lugar de Isaque. Chifres ou pontas são comumente relacionados a poder e, neste caso, o que eu fiz foi figurar a pessoa de Jesus que se entregou calmamente ao sacrifício, mesmo poderoso em impedir isto. Olha o depoimento do Mestre:
“Ou pensas tu que eu não poderia, agora, orar a meu Pai e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?” Mt 26.53
A ira, em si, não é pecado! Sabemos que a ira é tão característica admitida em nós na nossa criação quanto o amor, a justiça, a paz, dentre outras. O que fazemos com a ira é que pode ser problemático. Como humanos que somos, somos uma sopa de agentes ativos, inativos e reativos os quais podem aflorar a depender do nosso controle pessoal ou da falta dele aliado a estímulos externos. Por exemplo, fomos aditivados de resposta de lutar ou fugir em ameaças, instintivamente, contudo, nossa capacidade intelectual nos permite analisar a situação e reagir de forma mais pensada.
Agora, isto é o suficiente? Os números de homicídios, reações errôneas a ataques, agressões físicas e morais nos mostram que instinto e intelectualidade sozinhos não ajudam!
Vejam o que fez Moisés:
a) Instado pelo clamor pela água;
b) Levado a ira pela murmuração constante;
c) Bate na rocha com seu cajado a toda força!
O que a pobre rocha tinha que ver com a murmuração do povo? O remédio contra a murmuração é bater na rocha? Pode até ser que tenha dado algum alivio a Moisés, mas a resposta dura a isto veio de Deus, que não permitiu ao grande patriarca legislador e governador Moisés adentrar a Terra Prometida.
O Espírito de Deus é sim o fiel da balança no que diz respeito ao domínio próprio que leva à Mansidão. Como quem nos ensina e consola, o Espírito de Deus nos implanta e em nós desenvolve as ferramentas espirituais para que nos conheçamos quanto a nossa natureza e sanguinidade, nos faz ver que estamos em uma luta constante entre carne e espírito, nos ensina a dominar a nossa carne e tornar o nosso espírito mais forte que a carne, nos encaminha à sabedoria do alto, abandonando o controle pelo instinto e pela intelectualidade somente, bem como nos protegendo da influencia maligna.
Mansidão
Aplicar mansidão na vida pode não ser tão simples, dado fato de que por vezes a natureza humana nos empurra a resposta inversa proporcional. Aliás é isto uma das leis da física: uma resposta inversa de mesma força! Mas não somos objetos, somos pessoas!
Concluindo: Como nosso maior exemplo, nosso Mestre Jesus é o nosso parâmetro definitivo e a quem devemos imitar. Não há melhor pessoa a nos comunicar Mansidão como Jesus comunicou. Tinha todas as ferramentas para reagir e vencer qualquer agressão, mas recebeu todas que lhe foram impostas para que tivéssemos vida!
As próximas mensagens tratarão das demais partes deste fruto.
Até breve! Que Deus te abençoe em Cristo Jesus!
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