A ação mais comum da igreja é a transmissão de discursos. O sacerdote fala, a platéia ouve. Mas esta é a única maneira de comunicação viável no meio eclesiástico?
A igreja tem se ocupado, com toda razão, da prática do discurso, já que esta tem muito a dizer sobre as sagradas escrituras e suas aplicações práticas, posto que a Bíblia é o único manual legítimo de fé e conduta (lamento pelos discordantes).
O ensino é necessário, sim, para que se cresça no conhecimento. Mas não é só de crescimento no conhecimento que crentes vivem. É preciso reduzir os fardos, trocar fardos com Jesus, na verdade...
Mas como? Às vezes conversar ajuda. O problema, na verdade, é encontrar um bom ouvido. Um daqueles que não tem boca para espalhar o que ouviu, ou que não tem pressa em julgar e condenar aquele de quem ouviu, ou ainda aquele que não tem fórmulas prontas de solução (errada) de tudo, mas que tem paciência para receber informações, muitas delas sensíveis, e tratar tais assuntos com o sigilo e respeito necessários.
Infelizmente, no meio humano, a pressa em definir algo é grande, mas não é, nem de longe, correto, ser impaciente diante da necessidade que as pessoas têm, muitas vezes, apenas de ser ouvido.
Se, no sermão, quem fala é o ensinador, na conversa de pé da orelha, aquele que busca apoio é quem deve falar, e muito, como diz um pastor que cuida de família!
Deus nos abençoe!
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